terça-feira, 6 de junho de 2017

Last class - last homework

Though they hardly must've known each other, the last class will be focussed on two poets who had contact with Portuguese culture. Comment on one of the following:


1. Write a critique of Elizabeth Bishop's translations of Drummond de Andrade's "Poema de Sete Faces" (p. 258 - english - and 264 - original)



2. Attempt to translate (part of) Allen Ginsberg's poem on Fernando Pessoa at the last page of the anthology. 


quarta-feira, 10 de maio de 2017

The complete poem before time (Emerson) and symbolist correspondences

"For poetry was all written before time was, and whenever we are so finely organized that we can penetrate into that region where the air is music, we hear those primal warblings, and attempt to write them down, but we lose ever and anon a word, or a verse, and substitute something of our own, and thus miswrite the poem. The men of more delicate ear write down these cadences more faithfully, and these transcripts, though imperfect, become the songs of the nations. For nature is as truly beautiful as it is good, or as it is reasonable, and must as much appear, as it must be done, or be known. Words and deeds are quite indifferent modes of the divine energy. Words are also actions, and actions are a kind of words.

[...]

Beyond this universality of the symbolic language, we are apprised of the divineness of this superior use of things, whereby the world is a temple, whose walls are covered with emblems, pictures, and commandments of the Deity, in this, that there is no fact in nature which does not carry the whole sense of nature; and the distinctions which we make in events, and in affairs, of low and high, honest and base, disappear when nature is used as a symbol. "
              Ralph Waldo Emerson, "The Poet"(1844)

Correspondances (Charles Baudelaire, Les Fleurs du Mal, 1857)
La Nature est un temple où de vivants piliers
Laissent parfois sortir de confuses paroles;
L'homme y passe à travers des forêts de symboles
Qui l'observent avec des regards familiers.

Comme de longs échos qui de loin se confondent
Dans une ténébreuse et profonde unité,
Vaste comme la nuit et comme la clarté,
Les parfums, les couleurs et les sons se répondent.

II est des parfums frais comme des chairs d'enfants,
Doux comme les hautbois, verts comme les prairies,
— Et d'autres, corrompus, riches et triomphants,

Ayant l'expansion des choses infinies,
Comme l'ambre, le musc, le benjoin et l'encens,
Qui chantent les transports de l'esprit et des sens.
 Charles Baudelaire

                      

Tradução e comentário de Spicer

Ver, a propósito, o conceito de "tradução generativa" avançado por Lisa Rose Bradford, aqui: http://docs.lib.purdue.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=2365&context=clcweb



Onde se diz ser esta tradução aquela que, em vez de clonar o poema, o cultiva, e também: "This time-traveled correspondence is key in generative translation, which creates an expression that points, implies, insinuates within a serialized moment where the volume functions as an echo of other voices."

He Died at Sunrise 

A translation for Allen Joyce 

Night of four moons 
And a single tree, 
With a single shadow 
And a single bird.

I look into my body for 
The tracks of your lips.
A stream kisses into wind 

Without touch.

I carry the No you gave me 
Clenched in my palm
Like something made of wax 

An almost-white lemon.

Night of four moons 
And a single tree
At the point of a needle 

Is my love, spinning. 

Jack Spicer (After Lorca, 1957) 

Muriò al amañecer

Noche de cuatro lunas
y un solo árbol,
con una sola sombra
y un solo pájaro.

Busco en mi carne las
huellas de tus labios.
El manantial besa al viento
sin tocarlo.

Llevo el No que me diste,
en la palma de la mano,
como un limón de cera
casi blanco.

Noche de cuatro lunas
y un solo árbol,
En la punta de una aguja,
está mi amor ¡girando!


Things do not connect; they correspond. That is what makes it possible for a poet to translate real objects, to bring them across language as easily as he can bring them across time. That tree you saw in Spain is a tree I could never have seen in California, that lemon has a different smell and a different taste, BUT the answer is this – every place and every time has a real object to correspond with your real object- that lemon may become this lemon, or it may even become this piece of seaweed, or this particular color of gray in this ocean. One does not need to imagine that lemon; one needs to discover it.
Even these letters. They correspond with something (I don’t know what) that you have written (perhaps as unapparently as that lemon corresponds to this piece of seaweed) and, in turn, some future poet will write something which corresponds to them. That is how we dead men write to each other. (extract from letter to García Lorca in Jack Spicer's After Lorca, 1957)



segunda-feira, 8 de maio de 2017

After Spicer

Verlaine

Uma tradução para Maria Gabriela Llansol

Uma canção
Que nunca hei-de cantar
Adormeceu-me nos lábios.
Uma canção
Que nunca hei-de cantar.

Sobre a madressilva
Uma libelinha
E a lua pica
com um raio a água.

Nesse momento vou imaginar
A canção
Que nunca hei-de cantar.

Uma canção cheia de lábios
E sulcos distantes.

Uma canção cheia de horas
perdidas na sombra.

A canção de uma estrela viva
e um dia contínuo.




Querido Spicer,

O dia é contínuo tal como o poema. Podias preferi-lo permanente ou perpétuo. Foi assim que o leste, não foi, perpétuo? Mas, como música, é nessa própria insuficiência (a interpretação, mais precisamente) que a música se conhece ininterrupta e contínua. «O compositor planeia, a música ri», o poeta escreve, a poesia é. Por isso, não consigo traduzir o riso da música tal como a música se ri.

Quando traduzo o que escreveste, não faço qualquer intenção de reunir partes, como se as houvesse, de um todo. Pelo contrário, prefiro eliminar qualquer traço que leve a crer que partes foram reunidas numa só. É o que está ali, por si e em si mesmo. O poema pode sugerir o infinito se houver um desvio da norma até bem, bem longe. Apenas ao desmontar os elementos tradicionalmente usados para construir um poema pode a poesia existir por si mesma – não como símbolo, nem memória, que era, logo à partida, memória de um outro poema.

A decomposição das coisas traz à vida os seus equivalentes. Tal como na música: eu não sei o que uma flauta é até que alguém a toque para mim. A flauta corresponde a alguém a tocar a flauta, ou só o som de alguém a tocar a flauta, ou só o som sem saber que se trata de uma flauta. O som e a flauta correspondem-se, sem fazer disso nota. E o som é tão visível como a flauta, podemos apontá-lo como apontamos a flauta, apenas não o vemos na mesma óptica.

Mas a flauta não é o símbolo do som, nem o som da flauta a memória de alguém a tocá-la. Escreveste-o e eu repito, não se trata de reunir partes – em memória de, etc – mas de deixar que as coisas se correspondam, no seu tempo e espaço. E se um carro passa na rua, entra pela janela e se faz ouvir para além da flauta, então, nesse espaço e nesse tempo o carro pertence tanto ao som como à flauta. Quem o lê como interferência, desconhece a música que pode passar num carro e manter-se, já depois do virar da esquina, contínua.



Regina


quarta-feira, 3 de maio de 2017

T. P. C. para 11 de Maio - George Steiner e Jack Spicer

Duas opções

1. Procurar traduzir desde p. 239 antologia / p. 109 do ensaio de G. Steiner, Errata ("This is Why I believe") até p. 241 antologia /112 do ensaio  ("This is also part of the harvest of Babel") e dar aqui conta de algumas dificuldades.

2. Relacionar o pensamento de Steiner sobre a tradução com o manifesto por Jack Spicer na "correspondência" póstuma de After Lorca.

Meir Sternberg, "Polylingualism as Reality and Translation as Mimesis"




Langston Hughes and "The New Negro"

1870 - 5th Amendment: direito de voto aos indivíduos negros de sexo masculino (indiscriminação do sexo no acesso ao voto só seria ratificada pelo 19th Amendment em 1920).

MAS condições de direito a voto (imposto de eleitor, literacia, etc) continuaram a impedir na prática o acesso dos afro-americanos às urnas.

1902 - Nasce Langston Hughes, em Joplin, Missouri, segundo filho de Carrie Mercer Langston (prof. primária) e James Nathaniel Hughes, que cedo se separa da mulher e se instala no México, revoltado contra a política racial e de classe dos EUA. L. Hughes é sobretudo criado pela avó materna, que fora das primeiras mulheres a frequentar Oberlin College.

1910 - Fundação da  National Association for the Advancement of Colored People (NAACP) com a revista mensal Crisis 

1917 - Marcus Garvey, nascido na Jamaica, chega  a Harlem e funda a United Negro Improvement Association (UNIA)


1919 - W. E. B. Dubois organiza o Congresso Pan-Africano em Paris

120-1933 - Prohibition

1921 - Langston Hughes ingressa na Universidade de Columbia, curso de engenharia. Sairá em 1922 devido ao preconceito racial.
É fundada a Black Swan Phonograph Corporation (editora de jazz); Langston Hughes publica "The Negro Speaks of Rivers" na revista Crisis.

1920's: emergência da onda do jazz na Beale Street (Memphis Blues: Armstrong, Muddie Waters, Albert King...)

1922-24 - Hughes entra na marinha e passa tempo na Europa (Londres e Paris)

1922 - Publicação da antologia The Book of American Negro Poetry.

1923: Duke Ellington chega a NY com a banda The Washingtonians; abertura do Cotton Club em Harlem; Josephine Baker actua na Broadway. 

1924 - Hughes regressa para viver com a mãe em Washington D. C., trabalha como secretário de um historiador, mas deixa o emprego para ter mais tempo para a escrita e vai trabalhar como paquete do Wardman Hotel.

1924 - Countee Cullen ganha o primeiro prémio da Witter Bynner Poetry Competition

1925 - Antologia The New Negro (ed. Alain Locke), com Countee Cullen, Langston Hughes, Zora Neale Hurston. Hughes encontra Vachel Lindsay, que se tornará promotor da sua poesia.

 1926 - The Weary Blues (Knopf); fundação de uma revista, Fire!!, com Z. Neale Hurston e Wallace Thurman.

1927 - Fine Clothes to The Jew (Knopf)

1929 - peça de teatro de Wallace Thurman, Harlem, abre na Broadway.

1930 - publicação do primeiro romance de de L. Hughes, Not Without Laughter

1932 - atraído pelo Comunismo, L. Hughes integra um grupo de artistas americanos que viaja à União Soviética para rodar um filme sobre a luta afro-americana nos EUA.


1937 - publicação de Their Eyes Were Watching God, de Zora Neale Hurston.  Hughes viaja a Espanha para apoiar a Guerra Civil Espanhola.




1953 - Hughes responde perante o Tribunal do Senador McCarthy

1955- 1 de Dez. - episódio de Rosa Parks e início do Movimento dos Direitos Civis.

1959 - disco Weary Blues com Charles Mingus (1922-1979) e Leonard Feather (1914-1994)

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Homework for the 4th May

Do either of the following:

1. Research on the Spanish Modernismo of the Generacion de 1927 and speculate on similarities/differences with what you know of Anglo-Saxon Modernism (NOTE. you may want to check the notes in the end of your anthology

2. Research on similarities between Hughes' and Lorca's poetics and ideologic convictions that may have lead to the translations of Hughes (and perhaps justiy some traslation choices as well)

Here, a couple of poems by Hughes,

"Death of Do Dirty: A Rounder's Song" (in Fine Clothes to the Jew, 1927)

O, you can't find a buddy
Any old time
'Ll help you out
When you ain't got a dime.

He was a friend o' mine.

They called him Do Dirty
Cause he was black
An' had cut his gal
An' shot a man in de back.

Ma friend o' mine.

But when I was hungry,
Had nothin' to eat,
He bought me corn bread
An' a stew o' meat.

Good friend o' mine.

An' when de cops got me
An' put me in jail
If Dirty had de money
He'd go ma bail.

O, friend o' mine.

That night he got kilt
I was standin' in de street.
Somebody comes by
An' says yo' boy is gettin' beat.

Ma friend o' mine.

But when I got there
An' seen de ambulance
A guy was sayin'
He ain't got a chance.

Best friend o' mine.

An' de ones that kilt him, —
Damn their souls, —
I'm gonna fill 'em up full o'
Bullet holes.

Ma friend o' mine.

"Nude Young Dancer" (in Weary Blues, 1925) 

What jungle tree have you slept under,
Midnight dancer of the jazzy hour?
What great forest has hung its perfume
Like a sweet veil about your bower?

What jungle tree have you slept under,
Night-dark girl of the swaying hips?
What star-white moon has been your mother?
To what clean boy have you offered your lips?

Poème d'Automne (in Weary Blues, 1925)
The autumn leaves
are too heavy with color.
The slender trees
on the vulcan road
are dressed in scarlet and gold
like young courtesans
waiting for their lovers.
But soon
the winter winds
will strip their bodies bare
And then
the sharp, sleet-stung
caress of the cold
will be their only
Love.

and Lorca's photograph (1898-1936)

De tanta coisa depende a tradução de um carrinho de mão

Ver aqui

Two Poems by William Carlos Williams

from Spring And All (1923)

By the road to the contagious hospital
under the surge of the blue
mottled clouds driven from the
northeast—a cold wind. Beyond, the
waste of broad, muddy fields
brown with dried weeds, standing and fallen

patches of standing water
the scattering of tall trees

All along the road the reddish
purplish, forked, upstanding, twiggy
stuff of bushes and small trees
with dead, brown leaves under them
leafless vines—

Lifeless in appearance, sluggish
dazed spring approaches—

They enter the new world naked,
cold, uncertain of all
save that they enter. All about them
the cold, familiar wind—

Now the grass, tomorrow
the stiff curl of wildcarrot leaf

One by one objects are defined—
It quickens: clarity, outline of leaf

But now the stark dignity of
entrance—Still, the profound change
has come upon them: rooted they
grip down and begin to awaken







This Is Just to Say


I have eaten
the plums
that were in
the icebox

and which
you were probably
saving
for breakfast

Forgive me
they were delicious
so sweet
and so cold


                                                       

terça-feira, 25 de abril de 2017

Translation: Literature and Letters é um texto que fala sobre a tradução, centrando-se principalmente na poesia. O texto divide-se em duas partes distintas.
  Na primeira parte, o autor começa por ampliar os limites tradicionais da tradução, onde dá como exemplo um menino que pede para lhe traduzirem uma palavra desconhecida para uma linguagem que seja compreensível para ele.
 A partir daqui, Paz salta para as ideias que surgiram acerca da tradução ao longo da história, ou seja, faz um paralelismo entre a história do pensamento humano e as concepções distintas que a sociedade foi tendo sobre a tradução.
O autor apresenta-nos também a sua opinião sobre a tradução literal e relaciona-a com a metáfora e a metonímia.
   Na segunda parte do texto, o autor comenta a ideia de que apenas os poetas deveriam traduzir poesia porque eles têm a sensibilidade linguística necessária. Contudo, Octavio Paz não concorda com tal afirmação.
 Todavia, aparece o problema da criatividade. Um poeta tratará consciente ou inconscientemente de fazer um poema novo, próprio e original, enquanto que um tradutor tentará aproximar-se e manter-se próximo do original; estas duas facetas entram em conflito com frequência.

  Nesta última parte, Paz compara também o trabalho de tradução com o de criação descrevendo as diferenças entre tradução literária e ou cientifica, com a tradução de poesia. 

Ana Rita Alves
Cátia Passinhas 

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Homework for April 27

One of the following


- read William  Carlos  Williams's "imaginary translation" in p. 185 of the anthology and think of his purpose in producing such a genre as "imaginary translation" - especially considering his experience of translating popular ballads (romances) from Spanish (for instance, the song "Alamos del Prado" with two versions, a definite one in p. 179 and an earlier one in p. 183-184), as well as contemporary Spanish poets such as Octavio Paz (p. 180-182).

- choose a mos striking passage of Octavio Paz's essay on Translation (189-194) and produce a commentary.


quarta-feira, 19 de abril de 2017

A Methodology for Translation
Vinay e Darbelnet (1995) Comparative Stylistics of French and English

Introdução
Desde a década de 1950 que se desenvolvem abordagens para identificar e categorizar todas as acções que são realizadas durante o processo de tradução.
Um dos modelos mais conhecidos e representativos é o modelo de Vinay e Darbelnet. Este modelo propõe duas estratégias (tradução directa e tradução oblíqua) e sete procedimentos:
Dentro da tradução directa:
1) Empréstimo 2) Decalque 3) Tradução Literal
Dentro da tradução oblíqua:
4) Transposição 5) Modulação 6) Equivalência 7) Adaptação

Utiliza-se a estratégia de tradução directa quando é possível fazer uma tradução literal. Isto acontece quando estamos na presença de um paralelismo estrutural (as categorias gramaticais das palavras são idênticas) ou de um paralelismo metalinguístico (os conceitos são idênticos).
A estratégia de tradução oblíqua é utilizada quando há diferenças estruturais ou metalinguísticas e é necessário proceder a alterações estruturais ou lexicais.

Procedimentos
Em seguida descrevem-se de forma resumida os sete procedimentos de tradução propostos no modelo de Vinay e Darbelnet.

Empréstimo
O empréstimo é usado quando há lacunas metalinguísticas (ex: Um conceito da língua de partida que é desconhecido na língua de chegada). O texto da língua de partida é reproduzido, sem alterações, na língua de chegada.
Decalque
O decalque é um tipo de empréstimo com uma adaptação ortográfica ou uma tradução literal de cada um dos seus elementos.
Tradução Literal
A tradução literal é também conhecida por tradução à palavra. Cada palavra é traduzida e não há alteração sintáctica.
Transposição
Consiste em alterar a categoria gramatical de uma palavra sem alterar a mensagem original. Existem transposições obrigatórias e opcionais.
Modulação
Consiste numa mudança do ponto de vista semântico. Há uma alteração da perspectiva. Existem modulações obrigatórias e opcionais.
Equivalência
Consiste em descrever uma dada situação através de meios estilísticos ou estruturais diferentes dos da língua de partida.
Com este método produzem-se textos equivalentes.
Adaptação
Consiste em substituir as referências culturais, quando a situação na língua de partida não existe na língua de chegada.

Estes procedimentos operam no plano lexical, sintáctico e da mensagem. O papel do tradutor é seleccionar de entre as opções disponíveis a que melhor expressa as nuances da mensagem.

Bibliografia
Vinay e Darbelnet (1995) Comparative Stylistics of French and English. Amsterdam: John Benjamins Publishing Company
Munday, Jeremy (2014) Introdução aos Estudos de Tradução.
Portugal: Edições Pedago

Helder Ferreira e Baptista Geraldo

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Bibliografia Anotada

 What does an annotated bibliography look like?

An annotated bibliography starts with the bibliographic details of a source (the citation) followed by a brief annotation.
As with a normal reference list or bibliography, an annotated bibliography is usually arranged alphabetically according to the author’s last name. An annotated bibliography summary for each entry should not be more than 80 words. Summary should inlude an evaluation (why the work is useful) and/or an explanation of value (relevance of the citation for the research paper) (

Purpose of an annotated bibliography

Depending on your specific assignment, an annotated bibliography might:
  • review the literature of a particular subject;
  • demonstrate the quality and depth of reading that you are processing;
  • exemplify the scope of sources available—such as journals, books, web sites and magazine articles;
  • highlight sources that may be of interest to other readers and researchers;
  • explore and organise sources for further research.

Questions to Consider 

  1. What topic/ problem am I investigating?
  2. What question(s) am I exploring? Identify the aim of your literature research.
  3. What kind of material am I looking at and why? Am I looking for journal articles, reports, policies or primary historical data?
  4. Am I being judicious in my selection of texts? Does each text relate to my research topic and assignment requirements?
  5. What are the essential or key texts on my topic? Am I finding them? Are the sources valuable or often referred to in other texts?
Sample entry for annotated bibliography

Zinman, Toby Silverman. “‘In the presence of mine enemies’: Adrienne Kennedy’s An Evening with Dead Essex.’’ Studies in American Drama, 1945-Present 6 (1991): 3-13. 
Zinman analyzes the play in terms of “presence” and absence” of the characters, but as he says, not in as complex a manner as they are used to in the theories of Lacan, Saussure, and Derrida. He contends that the real subject of the play is absent (Essex) and that Kennedy has not found “a satisfying way to present absence on stage” in this play (12).  The article was interesting, but I’m still not sure what a satisfactory absence would be. 
Mitchell, Jason. “PMLA Letter.” 1991. 23 May 1996. 
<http:10/28/2008/sunset.backbone.olemiss.edu/-jmitchel/plma.htm>

Mitchell protests the “pretentious gibberish” of modern literary critics in his letter to PMLA. He argues that “Eurojive” is often produced by English professors to show that their status is equal to that of math and science faculty. His sense of humor makes this letter a great read. 

Trabalho Final - Orientações

Até 27 de Abril devem decidir o exercício de escrita final, enviando um email antecipadamente com o tópico / texto(s) escolhido(s) e o tipo de ensaio, para thelongverse@gmail.com .

Como somos muitos, as apresentações orais terão início na segunda metade da aula de 11 de Maio, segundo o calendário em baixo. No dia da apresentação oral cada aluno(a) terá de apresentar um máx de 2 páginas com um plano do trabalho e uma bibliografia anotada. O plano deve incluir o argumento do trabalho ou as principais estratégias / problemas segundo o tipo de tradução, bem como pelo menos três (sub)tópicos com referência a exemplos e/ou fontes. A bibliografia anotada explica-se num post aparte.

Preocupações formais
Formatação: Letter type 12, double spaced
Citações, referências bibliografia: see teacher's guidelines sent by email
Max. extensão: 2000 palavvras excluindo bibliografia para alunos de Tradução Literária; 4000 palavras, excluindo bibliografia, para alunos de Estudos Ingleses. 



Trabalho preferencial para alunos de Estudos Ingleses - Trabalho Comparativo


Eis o melhor link que encontrei para ajudar na escrita deste ensaio:



E alguns conselhos.

Focar-se num máximo de 2-3 tópicos bem circunscritos para comparação / contraste, para poderem aplicar técnicas de análise textual, análise do discurso e leitura atenta, para além da comparação do contexto cultural das obras que estão a investigar.



Para metodologia de escrita será preferível o método de comparação alternada.

Trabalho preferencial para alunos de Tradução Literária - Tradução comentada


A tradução comentada deve incluir, além da tradução uma contextualização do autor e uma breve análise do estilo da obra, com vista a problemas tradutórios, tratando, finalmente, das principais estratégias tradutórias para resolução desses problemas.
O texto a traduzir (bem como os textos a comparar) deve estar dentro do período modernista ou ser relacionável com este. Não tem de ser um poema, podendo ser um pequeno ensaio sobre poética. 




Tendências Deformantes de Antoine Berman


Em seu texto “A Tradução e a Letra ou a Pousada do Longínquo”, Antoine Berman critica as traduções etnocêntricas e hipertextuais e afirma que traduzir é fazer um trabalho sobre a letra com uma “atenção voltada aos jogos de significados”. Para ele, fazer uma tradução etnocêntrica é recusar inserir na cultura de chegada a estranheza do “outro”. Ao tentar fazer com que o leitor, ao ler o texto traduzido, tenha a impressão de que esse texto foi escrito originalmente na língua de chegada, o tradutor está modificando o texto original. É nesse contexto que se insere a analítica da tradução em que Berman pretende “examinar de um modo breve o sistema de deformação dos textos – da letra – que ocorre em todas as traduções, impedindo-as de atingir o seu verdadeiro desígnio”. No caso das traduções etnocêntricas e hipertextuais, esse sistema de deformação é exercido de maneira livre, pois essa deformação é apoiada pelo sistema cultural e literário. Mas a verdade é que qualquer tradutor está sujeito a essas tendências que distanciam a tradução do seu desígnio puro, pois esse sistema de deformação é largamente inconsciente. As treze tendências deformantes apontadas por Berman inserem-se nesse exame feito pela analítica da tradução. Elas destroem a letra do original, procurando respeitar exclusivamente o “sentido” e a “bela forma”.
            Apresentaremos a seguir algumas das treze tendências deformantes observadas nas possíveis traduções do poema “Separation On the River Kiang”, traduzido do chinês para o inglês por Ezra Pound.

Separation On the River Kiang

Ko-Jin goes west from Ko-kaku-ro,
The smoke-flowers are blurred over the river.
His lone sail blots the far sky.
And now I see only the river,
          The long Kiang, reaching heaven. 

Separação do Rio Kiang

Ko-jin afasta-se para oeste de Ko-kaku-ro
As flores-fumaças difusas sobre o rio.
Sua vela solitária mancha o céu distante.
E agora só vejo o rio,
            O grande Kiang, tocando o céu.

            Em relação aos termos “Ko-jin”, “Ko-kaku-ro” e “River Kiang”, se o tradutor optar por traduzir esses termos por equivalentes em língua portuguesa, há a ocorrência da tendência deformante do apagamento das superposições de línguas. Na tradução por “o velho amigo”, “a Torre da Garça Amarela” e “o Rio Amarelo”, ocorre o apagamento da relação de tensão e integração entre a língua portuguesa e chinesa. A tradução torna-se etnocêntrica, não deixando aparecer no poema a língua do outro.
            Na versão de tradução do poema apresentada acima, as expressões “lone sail” e “far sky” foram traduzidas por “vela solitária” e “céu distante”. Na grande maioria das traduções de substantivos e adjetivos do inglês para o português, a ordem dos termos é alterada, pois em português é mais “comum” colocar o adjetivo após o substantivo. A questão que queremos colocar aqui é que essa mudança na ordem não deve ser feita de maneira automática e inconsciente, pois pode levar à tendência deformante da racionalização em que se recompõe as frases em busca de uma certa ideia de ordem sintática. Dessa forma, o tradutor também deve considerar a possibilidade de traduzir “far sky” por “distante céu” e observar quais significados essa ordem “não comum” evoca.
            Ambos os termos “sky” e “heaven” foram traduzidos por “céu” em português. Nesse caso, podemos observar a tendência do empobrecimento quantitativo: há uma perda lexical no poema traduzido, pois a multiplicidade de significantes não foi respeitada. Os dois termos em inglês possuem significados que se relacionam, mas não são exatamente iguais. A palavra “heaven” poderia ter sido traduzida por “paraíso”, mas essa última palavra possui uma conotação religiosa muito forte em língua portuguesa e poderia inserir no poema outros significados que não aparecem no texto original, como por exemplo a ideia de que Ko-jin morreu e foi ao paraíso. Nesse caso, o tradutor optou pelo uso da sinonímia como estratégia de tradução, mas isso também fez com que ocorresse a tendência deformante.
            Para concluir, as perdas em tradução são inevitáveis, no entanto, saber identificar as tendências deformantes é importante para melhorar a qualidade das traduções, uma vez que isto nos permite respeitar as idiossincrasias do autor, mantendo na tradução as marcas do texto, através da mudança de estratégia sempre que necessário. Além disso, as tendências deformantes nos permitem desenvolver um senso crítico, evitando-nos cair nas “armadilhas” as quais estamos sujeitos no ramo da Tradução.

Rhandra T. Lopes 
Tatiane Rocha