quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Homework for December 3

Answer to either of these topics:

1. Read "The World as India" by Susan Sontag. Discuss what she has to say about 3 of the following topics: nature of translation, role of the translator, translator's ethics, metaphors for translation, history of translation.

2. What startling statements or inferences about translation do you find in Jack Spycer's After Lorca. Is there faithfulness at stake here? why (not)?

14 comentários:

  1. 2. No livro “After Lorca” de Jack Spycer encontram-se diversas opiniões sobre a composição daquilo a que se pode chamar de perfeita poesia e que muitas delas podem ter paralelo com certas teorias sobre a arte de traduzir poesia que é de longe a actividade tradutória mais desafiante que existe.
    Ao longo do livro encontramos pseudo-cartas redigidas pelo próprio Jack Spycer a dirigir-se ao já falecido poeta espanhol Federico Garcia Lorca. Até este último também tem uma introdução no início do livro redigida em seu nome; introdução essa onde se encontram um aviso prévio de Lorca a avisar que os poemas que se encontrarão ao longo do livro não são traduções inglesas dos seus poemas – têm o mesmo título mas contêm versos diferentes e mensagens diferentes das de Lorca – mas sim reescritas deles. Sendo a reescrita uma das diversas actividades que um tradutor pode exercer.
    As pseudo-cartas de Spycer para Lorca que surgem ao longo do texto, demonstram a constante luta entre as duas formas de texto literário que mais se guerreiam entre si: poesia e prosa. Chega-se imediatamente à conclusão que a prosa é a menos rica de todas pois nem uma única das suas palavras carrega milhões de possibilidades de interpretação tal como a poesia faz. Aí encontra-se outro factor muito semelhante com a actividade tradutória e o motivo pelo qual traduzir poesia é desafiante, interpretar o poema na sua plena totalidade, encontrar e procurar preservar os seus duplos sentidos, as suas estranhezas e as suas imagens. A poesia é rica nisso (se bem que Spycer escreve a dizer o quanto desejava afastar-se das imagens e apenas mostrar as coisas tal como elas são) e é aos tradutores/leitores que cabe a tarefa de interpretá-los de todas as maneiras possíveis.
    Convém também dizer outro factor nas cartas de Spycer em que é dito que cada poeta tem uma língua própria e um vocabulário muito próprio que torna ainda mais desafiante a interpretação dos tradutores/leitores e as escolhas de palavras e vocabulário para a língua para a qual traduzem. Um poema também tem o seu próprio público – parece que foi escrito especialmente para essa(s) própria(s) pessoa(s) – e podemos perguntarmo-nos se, após a tradução, o texto traduzido também encontrará alguma pessoa para a qual parece ter sido escrito de propósito?
    Por fim pode-se dizer que os poetas e os tradutores têm as mesmas preocupações: criar várias mensagens às vezes numa só palavra, encontrar alguém que os leia e a preservação da realidade tal como ela realmente é. Pode-se também dizer que a fidelidade para com a realidade é algo que é importante para um poeta (levemente sugerido por Spycer), e a fidelidade para com o que o poeta escreveu é algo de importante para um tradutor (mensagem subentendida no texto para os tradutores)

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  2. "Translate means many things, among them: to circulate, to transport, to disseminate, to explain, to make (more) accessible."

    "the purpose of translation is to enlarge the readership of a book deemed to be important. It assumes that some books are discernibly better than other books,"

    A autora diz que nem tudo merece ser traduzido, que a tradução deve ser como um genero de prémio para as melhores obras.
    Concordo com ela, uma vez que não há tradutores suficientes para traduzir tudo, mas os gowstos diferem, o que é uma má obra para um pode ser boa para outro, por isso pode-se dizer com segurança que muitas grandes obras são perdidas.
    Como exemplo posso indicar os manga japoneses, alguns dos quais tem uma imensa riqueza, e permanecem sem tradução,japonês-inglês, sendo completamente ignorados.

    "The new view is that translation is the finding of equivalents; or to vary the metaphor, that a translation is a problem, for which solutions can be devised. In contrast, the old understanding is that translation is the making of choices, conscious choices, choices not simply between the stark dichotomies of good and bad, correct and incorrect, but among a more complex dispersion of alternatives, such as “good” versus “better” and “better” versus “best,

    Eu acho que não há nenhum conflito acerca destas duas visões, simplesmente que difinição "velha" é mais desenvolvida.

    "Translating, which is here seen as an activity of choosing in the larger sense, was a profession of individuals who were the bearers of a certain inward culture. To translate thoughtfully, painstakingly, ingeniously, respectfully was a precise measure of the translator’s fealty to the enterprise of literature itself."

    O tradutor é primeiro de tudo uma pessoa com uma certa cultura geral,e que traduzir é como uma profissão gémea da de escrever livros.

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  4. "translating itself the vehicle of such values as integrity, responsibility, fidelity, boldness, humility. The ethical understanding of the task of the translator originated in the awareness that translation is basically an impossible task, if what is meant is that the translator is able to take up the text of an author written in one language and deliver it, intact, without loss, into another language."

    Aqui ela diz que a tradução implica sempre a perda de algo, e que o tradutor deve ser uma pessoa com uma boa moralidade, de forma a ser fiel as ideias do autor, e a si próprio,sendo profissional, e fazer o melhor que lhe é possível,assim como ter a coragem de arriscar,quando não tem outra solução, e deve ser humilde e ter consciência de que o seu conhecimento é finito, e que precisa de ajuda.

    "Literary translation is a branch of literature – anything but a mechanical task. But what makes translation so complex an undertaking is that it responds to a variety of aims. There are demands that arise from the nature of literature as a form of communication. There is the mandate, with a work regarded as essential, to make it known to the widest possible audience. There is the general difficulty of passing from one language to another, and the special intransigence of certain texts, which points to something inherent in the work quite outside the intentions or awareness of its author that emerges as the cycle of translations begins – a quality that, for want of a better word, we call translatability."

    Aqui ela critica a tradução lieral feita por máquinas, pois a tradução na maioria das vezes não é uma tarefa mecânica,do simples encontro de equivalentes, há que ter em conta o aspecto combinacional, ou seja a quem se vai passar a mensagem, o trabalho deve ter claridade para ser lido pela maior audiência possível, e que há maneiras de transmitir o que autor quer, que ultrapassam o próprio autor no texto de partida,problemáticas que uma máquina não conseguirá resolver.

    "This nest of complex questions is often reduced to the perennial debate among translators – the debate about literalness – that dates back at least to ancient Rome, when Greek literature was translated into Latin, and continues to exercise translators in every country (and with respect to which there is a variety of national traditions and biases)."

    O debate sobre a literalidade,precisão e fidelidade, sempre existiu entre os tradutores, pelo menos desde os tempos clássicos e a tradução em Roma dos autores gregos,é capaz de ser um problema sem uma solução establecida,dependendo assim de tradutor para tradutor

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  5. 1. “Had I recognized and awkward sentence in a novel I was reading by Mann or Balzac or Tolstoy, it would not have occurred to me to wonder if the sentence read as awkwardly in the original German or French or Russian, or to suspect that the sentence might have been “badly” translated. To my young, beginning reader’s mind, there was no such thing as a bad translation. There were only translations – which decoded books to which I would otherwise not have had access, and put them into my hands and heart. As far as I was concerned, the original text and the translation were as one.”

    In this excerpt, the author raises multiple discussion topics, namely ones to do with the role and ethics of the translator, and also with the nature of translation.
    First of all, when Sontag talks about the awkwardness of a sentence in a translation, this is something that is often misinterpreted by less-knowledgeable readers (or ones who know little about the nature of translation): sometimes, we can almost see the original text behind the translated one, as if we were looking through glass, but that does not mean it is a bad translation. This can give rise to doubts about the quality of the text and, consequently, the quality of the translator’s work. The problem here is that, in order to evaluate the efficiency with which the text was translated, one would need to analyze both texts and then draw their conclusions as to how much was lost and what could have been done better in order to preserve the message that is conveyed through the author’s words.

    As the last sentence states, to make the original text and the translation be as one should be the translator’s ultimate purpose (even if s/he does not achieve that goal). The translator has to, above all else, remain faithful to the text s/he translating, working around any obstacles that will surely arise due to the differences between languages, even those closest to each other.

    If we look at the word “decoded”, used by Sontag to refer to translated books, we can argue that, sometimes, books are treated as a series of intricate problems to be solved and the answers to be revealed to someone in another culture, with a different language. This does not necessarily mean that this “decoding” is a bad thing, but this word can be misleading, in the sense that, if a book is originally hard to grasp, with a sort of enigma encompassed in it, then the translator must not unveil that element of mystery in a way that alters the intention of the author.

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  6. 1. A autora começa por afirmar que traduzir significa muitas coisas, nomeadamente colocar em circulação, transportar, explicar e tornar mais acessível. Desta forma entendemos que traduzir é um verdadeiro desafio que envolve leitura, reflexão e compreensão, uma vez que tem diversas funções. Seguidamente propõe que a tradução literária poderá ser entendida como aquela que vale a pena ler considerando-a como uma arte e defende que o propósito da tradução é aumentar o número de leitores pois na verdade a tradução faz com que os livros fiquem ao alcance de todos. No fundo a tradução é uma janela aberta para o mundo, sendo que é graças a ela que podemos alargar a nossa instrução.
    É relevante mencionar que a autora remete-nos para a história da tradução ao fazer referência às primeiras e às mais importantes traduções realizadas na antiguidade nomeadamente a Bíblia de São Jerónimo, de Lutero e a de Tyndale ao mesmo tempo que encara a tradução como algo que aprofunda, que exalta, que contribuiu para o conhecimento sagrado e também de outra ordem. Nesta linha de pensamento devemos entender que tradução surgiu como uma necessidade de transportar conhecimentos sem ela seria completamente impossível existir qualquer género de comunicação. A meu ver tais afirmações são verdadeiras pois se voltarmos ainda mais atrás no tempo e nos centrarmos no mito de Babel verificamos que a necessidade de tradução surgiu como uma forma de castigo ou se preferirmos, como um ato Divino de disseminação dos povos por toda a terra, a partir do momento em que cada povo tinha a sua própria língua, tornou-se imperioso que a mensagem Divina pudesse ser entendida por todos, daí a indispensabilidade da tradução que por sua vez permitiu estabelecer a heterogeneidade entre as línguas.

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  7. Outra ideia que está patente neste texto é o facto de a tradução ser também um benefício para o tradutor uma vez que funciona como um exercício étnico e cognitivo e na verdade esta conceção pode ser confirmada se pensarmos na tradução como um ofício no que exige demasiadas capacidades intelectuais ao tradutor. O tradutor tem de ser um leitor compulsivo, tem de possuir uma cultura geral que lhe permita realizar um trabalho consistente, ter a capacidade de descobrir o tema do texto que está a trabalhar, identificá-lo, perceber em que registo está escrito, determinar o público-alvo, necessita saber agir e de refletir sistematicamente, pois todos estes aspetos condicionam as escolhas do tradutor e o tipo de estruturas a serem ativadas.
    Tal como a autora também refere é certo que hoje em dia existem máquinas, cuja função de passar palavras de uma língua para a outra encontrando bons equivalentes é bem desempenhada, porém traduzir não se resume apenas a isso. Uma tradução tem sempre associada a si uma língua e por trás de todas as línguas existe uma cultura que não pode ser ignorada na tradução por isso nenhuma máquina tem a capacidade de traduzir.
    Por trás de todas as traduções existem regras, um árduo trabalho de pesquisa, de escolhas, e por vezes de luta, por em cada parágrafo, o que torna esta profissão fundamental para a difusão de novas ideias na cultura. Além de que é também um ato intercultural e linguístico, que por sua vez, contribui para a própria expansão da língua. A não correspondência entre línguas também oferece problemas de tradução, que obrigam o tradutor a fazer escolhas e negociações, não é por acaso que os estudiosos da tradução defendem a ideia de que há sempre perdas, nomeadamente a nível da linguagem pura, e ganhos em cada tradução. Dai a necessidade do tradutor ter competências a nível linguístico, a nível cultural e ter habilidade para que a mensagem chegue intacta ao leitor, isto é, a mensagem tem de se aproximar do original, o que é alterável são as palavras e não o contexto.
    Na verdade traduzir implica sempre mudar, alterar, perder (há sempre algo que se perde e algo que se ganha) e transformar (preservar para transformar). É também um combate pois implica pesar as palavras, saber o seu significado, interpretá-las, conhecer profundamente a língua de partida e a língua de chegada e sempre que persistem dúvidas, há que pesquisar e investigar materiais linguísticos.
    Para concluir gostaria de acrescentar que considero todos os tradutores sumos pontífices da informação, pois é devido às traduções que o saber percorre o mundo, tal verifica-se desde há muitos anos.

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  8. 2.
    O texto “After Lorca” de Jack Spicer, representa a construção genial dum dialogo entre o autor e o poeta Lorca (ao qual Spicer faz firmar a introdução mas na verdade Lorca já morreu há muitos anos). Um conjunto de poemas e cartas que Spicer esceveu para o seu interlocutor, fantasma, pondo em causa questões sobre:
    a poesia e a sua interpretação (tradução intralinguistica);
    a linguagem e a relação entre significado e significante;
    a divisão entre o que é ficção e real;
    os problemas de tradução interlinguistica;
    a fidelidade do leitor-tradutor.

    Na introdução evidenciam-se aspectos das “tendencias deformantes” de Antoine Berman, como o empobrecimento qualitativo e quantitativo, que caracterizam os poemas “traduzidos-não traduzidos” por Spicer: “It must be made clear at the start that these poems are not translation. In even the most liberal of them Mr. Spicer seems to derive pleasure in inserting or substituting one or two words which completely change the mood and often the meaning of the poem as I had written it”.
    As questões que estão em causa na primeria carta referem-se aquelas perguntas fundamentais em tradução: quanto um tradutor pode ser fiel ao original? E em que maneira? O que é importante respeitar? Fala-se da tradição como:

    […] generations of differents poets in differents countries patiently telling the same story, writing the same poem, gaining and losing something with each transformation, but of course, never really losing anything.

    Isso faz-me lembrar as palavras de Umberto Eco que no texto “Dire quasi la stessa cosa. Esperienze di traduzione”, afirma como um tradutor deve ser pronto a “negociar”, a saber perder e ganhar. E em acordo com isso, afinal uma tradução nunca acaba.
    Não sou de acordo com Spicer quando afirma: “A really perfect poem (no one yet has written one) could be perfectly translated by a person who did not know one word of the language it was written in.” Como afirma o teorico Etienne Dolet nos seus principios para o tradutor: “o tradutor deve conhecer perfeitamente a língua do autor que ele traduz, e
    que ele seja igualmente excelente na língua na qual se propõe traduzir”. Por outro lado acho que nas palavras de Spicer está implicito o conceito de Imagismo no sentido de um processo de poetica exata no descrever detalhos. E aqui entra o problema do real e da ficção.

    I yell "Shit" down a cliff at the ocean. Even in my lifetime the immediacy of that word will fad. It will be dead as "Alas." But if I put the real cliff and the real ocean into the poem, the word "Shit" will ride along with them, travel the time-machine until cliffs and oceans disappear.

    Numa outra carta Spicer fala da Tradução e cultura, da importancia que para um tradutor deve ter as culturas das línguas que estão em causa.

    Things do not connect; they correspond. […] That tree you saw in Spain is a tree I could never have seen in California, that lemon has a different smell and a different taste, BUT the answer is this – every place and every time has a real object to correspond with your real object- that lemon may become this lemon, or it may even become this piece of seaweed, or this particular color of gray in this ocean. One does not need to imagine that lemon; one needs to discover it.

    Eu acho que sim, aqui está em causa a fidelidade, mas não se refire muito ao que Spicer escreve na introdução. Provavelmente, ele queria pôr em causa a fidelidade que precisa de ser respeitada na questão de tradução intralinguistica, ou seja, o leitor-tradutor tem de fazer atenção a sua interpretação do sentido, para que depois como tradutor-leitor deverá transferir esta carga de cultura e sentidos durante o processo de tradução interlinguistica.

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  9. 1. Susan Sontag indica duas vertentes principais sobre a função do tradutor e a melhor maneira de fazer traduções. A primeira definição é a de Saint Jerome que afirma que a forma mais correta de traduzir é através da manutenção do sentido, dando liberdade ao tradutor para alterar a forma, as metáforas e as palavras de modo a que o sentido seja preservado e mais claramente entendido. Opondo-se a esta perspetiva, surge a definição de Friedrich Schleiermacher que enfatiza a importância da língua em que foi escrito o texto literário, sendo o dever do tradutor manter-se o mais próximo possível do texto original, de forma a preservar o espírito da linguagem que está embutido no texto que dela emergiu. Ambas são legítimas e propensas a críticas, podendo ser uma representação do que Susan Sontag chama ser o debate sobre a “literalidade” nas traduções.
    Se por um lado a tradução literal, apesar de ser a mais fiel ao original, pode tornar-se incompreensível aos olhos do leitor; uma tradução com uma adaptação fincada às convenções tradicionais da língua de chegada implica uma perda enorme de substância que caracteriza o original. O que aparenta ser um consenso entre os tradutores é o importante papel da tradução para a literatura em termos gerais. É o objetivo do tradutor a divulgação para uma audiência mais ampla de textos importantes de outras línguas/culturas, como sendo essenciais para o conhecimento da humanidade. Deste modo, o tradutor é visto como um indivíduo que transporta dentro de si um conhecimento profundo sobre várias culturas e que tem a capacidade de transmitir a essência dessas culturas aos leitores que não estão familiarizados com esse conhecimento. O tradutor deve, então, reger-se por valores éticos que orientam a atividade de traduzir: integridade, responsabilidade, fidelidade, audácia e humildade.

    A tradução é indiscutivelmente fundamental para a literatura, no entanto com a chegada da globalização, tornou-se mais evidente que existem línguas/culturas que são mais privilegiadas que outras. Se outrora havia a necessidade de traduzir obras importantes para o inglês devido ao seu impacto no país onde surgiram, agora há cada vez menos a tendência de traduzir para o inglês, mas mais ênfase em traduzir do inglês. Se uma língua universal como o inglês é por um lado um factor de união, é também um factor que tende para a rejeição do diferente devido à sua uniformização, resultando numa imposição da língua dominante, sem que esta seja afectada por culturas minoritárias.

    O que acaba por ser importante para Susan Sontag é que este movimento de traduzir para dar a conhecer não seja unilateral, mas que a tradução exista de acordo com o seu máximo potencial: “Translation is the circulatory system of the world’s literatures. Literary translation, I think, is preeminently an ethical task, and one that mirrors and duplicates the role of literature itself, which is to extend our sympathies; to educate the heart and mind; to create inwardness; to secure and deepen the awareness (with all its consequences) that other people, people different from us, really do exist.”

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  10. 1.Susan Sontag in her text ‘The World as India’ expands on some of the fundamental problems surrounding the topic of translation, and how the choices made by a translator can have not only a direct impact on the translated text, but also ethical repercussions regarding the translators level of fidelity to the original text.

    As Sontag states: “the ethical understanding of the task of the translator originated in the awareness that translation is basically an impossible task”, meaning, that linguistic differences and boundaries inhibit any translators ability to translate without losing part of the original substance of the text. However, what is always important to remember is that translation does not have just one objective, that it is more than just a form of communication- as Sontag says, there is also the need to make a work know to the widest possible audience. This leads to the issue of to what extent a translator has the power to adapt a text in the translated language, in other words, how much freedom should a translator really have, and whether it is appropriate to change aspects of a text to make it more accessible to the reader of the translated version.

    Translation is often viewed as a form of explanation, which, to a certain extent it is. It is through translation that literary works become accessible to other speakers of other languages, immersed in cultures different to that of the original. However, what is essential is that any level of ambiguity found in the original text should be maintained in the translation- a concept which Sontag refers to as ‘decoding’, that a translator should not seek to explain elements of a text , which in the original remain ‘unexplained’.

    Metaphors are an aspect of phraseology, which are and always will be a challenge for translators. Metaphors are linked both to a language and to a given culture. For example, the English metaphor: “it’s raining cats and dogs”, cannot be translated literally into Portuguese: “está a chover gatos e cães”, you would say “está a chover a cântaros”. As Sontag explains, the latest opinion on the topic is to solve this problem one should look for equivalents, or variations of a metaphor that assimilate to the translated language and culture.

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  14. JACK SPICER {1925 - 1965}
    After Lorca: the translation process

    San Francisco Renaissance
    American avant-garde
    Centre of West Coast beat-culture
    Six Gallery reading (1955)
    Both poet and linguist (early ‘language poet’)
    Mostly remembered for his views on dictation
    AFTER LORCA
    Why Lorca?
    Homoeroticism
    Similar poetic interests (dialogue with Walt Whitman)
    Dialogue between Spicer and Lorca (letters)
    Important for 2 reasons
    First of Spicer’s serial works
    First work of dictation
    “I honestly don’t feel that I own my poems and I don’t feel proud of them”
    “But at the same time you don’t get the radio program if the radio set has static in it”

    GENERATIVE TRANSLATION{Bradford}
    After Lorca
    Spicer doesn’t hide his imitation
    Makes a game out of it (introduction, letters, ...)
    But still: making it new! (reviving the old in the Poundean tradition)
    Not Poundean: Spicer’s acceptance of interplay between old and new (Pound was looking for origins of language to use as measure, Spicer searches the mix between original and new, revels in the interplay)
    The whole book is a book of duality!
    Old & new, personal & impersonal, direct & indirect, ...

    INTRODUCTION + LETTERS
    “It must be made clear at the start that these poems are not translations. In even the most literal of them Mr. Spicer seems to derive pleasure in inserting or substituting one or two words which completely change the mood and often the meaning of the poem as I had written it.”
    Written in 1957 (Lorca was dead)
    Reading the work of a dead man?
    Analogy
    Lorca’s body (= work) is not immutable
    Spicer ‘robs his grave’

    INTRODUCTION
    The dead are notoriously hard to satisfy. Mr. Spicer’s mixture may please his contemporary audience or may, and this is more probable, lead him to write better poetry of his own. But I am strongly reminded as I survey this curious amalgam of a cartoon published in an American magazine while I was visiting your country in New York. The cartoon showed a gravestone on which were inscribed the words: ‘HERE LIES AN OFFICER AND A GENTLEMAN’. The caption below it read: ‘I wonder how they happened to be buried in the same grave?’

    GENERATIVE TRANSLATION {Bradford}
    Adding and omitting stanzas, changing words, tonal differences, ... (often emphasizes the gay language in Lorca’s work: in ‘Ode for Walt Whitman’: ‘cocksuckers’)
    First poem, first stanza: Juan Raul Jimenez
    En el blanco infinito ----- In the white infinite
    Nieve, nardo y salina,----- snow, spikenard and saltmine
    Perdió su fantasia ----- he lost his fantasy
    Spicer’s version: In the white endlessness
    Snow, seaweed and salt
    He lost his imagination
    Reason Spicer (like Pound) thought translation was paramount to poetry production (and why poetry is stronger than prose)!
    Prose fails to show anything real (A real lemon, tangible!)
    “Prose invents – poetry discloses” (poetry shows the real, prose makes it up)

    CORRESPONDENCE
    Important tool for Spicer to justify his mistranslations (harold bloom: misreading)
    Makes it possible for poets to translate accross language as well as space and time
    Tree in Spain =/= tree in California
    but through correspondence, it CAN BECOME the same
    Accounts for different vocabulary, images, ...
    I carry the No you gave me ------ (Llevo el No que me diste,
    Clenched in my palm ------ en la palma de la mano,
    Like something made of wax ------ como un limón de cera
    An almost-white lemon ------ casi blanco.)
    “[Spicer] does not want to give us rotting lemons, but fresh ones.” (Bradford)

    AFTER
    Sign of temporality (necessity of translation)
    Also a sign of longing (homoerotic)
    Text = love letter to revive the poet
    Gay language used
    Example: Frog from After Lorca (not a Lorca poem)
    Like all the novels I’ve read
    My mind is going to a climax
    And a climax means a splash in the pool


    EMMANUEL BAAH - FENNING & JESSE GRYSON

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