quinta-feira, 22 de outubro de 2015

CANÇÃO DOS ARQUEIROS DE SHU (primeiros versos)

Eis-nos aqui / Aqui estamos a apanhar / colher os primeiros rebentos de feto
E a perguntar / dizer "Quando voltaremos à nossa terra / pátria / país?"
Eis-nos aqui / Aqui estamos porque temos os Ken-nin por inimigos / hordas hostis / frentes hostis,
Não temos comforto / sossego / consolo / descanso por causa destes mongóis.
Arrancamos / esgravatamos os tenros rebentos,
Quando alguém diz "Voltar" os outros enchem-se de saudade(s) / pesar / mágoa / tristeza

5 comentários:

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  2. Canção dos Arqueiros de Shu


    Aqui estamos e aqui colhemos as primeiras folhas dos fetos que rebentam.
    E perguntamos: quando devemos voltar ao nosso país?
    Aqui estamos e aqui temos por émulos os Ken-nin,
    E não temos conforto por causa desses Mongóis.
    Esgravatamos como larvas os frescos fetos que rebentam.
    Sempre que um diz “volta”, os outros enchem-se de pesar.
    Almas pesarosas, que é pesado o pesar, e temos fome e temos sede.
    É ainda incerta a nossa defesa, ninguém pode permitir que o amigo volte.
    Esgravatamos como larvas os caules dos fetos que envelhecem.
    E perguntamos: em Outubro deixar-nos-ão voltar?
    São difíceis os assuntos da realeza e não temos conforto.
    É ainda amargo o nosso pesar, mas não seríamos capazes de voltar ao nosso país.
    Que flor chegou a desabrochar?
    Quem é o dono da carruagem? O General.
    Os cavalos, até os seus cavalos, estão cansados. Eram fortes.
    E não temos descanso, três são as vezes que batalhamos num mês.
    E, céus, como estão cansados os cavalos.
    Os generais põem-se em cima deles, os soldados põem-se ao lado deles.
    Os cavalos estão bem treinados, os generais têm flechas de marfim e aljavas adornadas
    de pele de peixe.
    Os inimigos são ágeis, temos de ser cautelosos.
    Partimos e as árvores vergavam-se perante a primavera,
    Voltamos e há neve,
    Andamos lentamente e temos fome e temos sede,
    A nossa alma cobre-se de pesar, quem poderá imaginar a nossa dor?

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    1. Boa tentativa! Atenção que "émulos" não corresponde a "inimigos" mas a "imitadores"...

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Canção dos Arqueiros de Shu

    Aqui estamos, colhendo o bambu para as flechas.
    E a dizer entre nós,quando para a nossa terra voltar iremos.
    Aqui estamos porque como inimigos ken-nin temos.
    Não temos descanso ou conforto por causa destes Mongóis.
    Esgravatamos a terra para encontrar rebentos.
    Quando alguém diz "voltar" por aquilo que ora deixaram enchem-se de saudade.
    Mentes cansadas,os lamentos são grandes,estamos com fome e sede.
    Frágil é a nossa defesa,e ninguém a casa pode voltar
    Nas hastes agarramos.
    Será que em Outubro voltaremos?
    A situação diplomática não está menos complicada, não podemos parar.
    A nossa mágoa é grande, mas à nossa terra não iremos voltar.
    Que flor chegou a desabrochar?
    A quem pertence esta carruagem? Ao General?
    Pois até os seus cavalos estão cansados e eram fortes.
    Descanso não temos, três batalhas num mês.
    Pelos céus, até os seus cavalos estão cansados.
    Os generais em cima deles montam, os soldados à volta deles marcham.
    Os cavalos estão bem treinados, e os generais têm flechas de marfim e alijavas em escamas adornadas.
    Os inimigos são ágeis, e todas as cautelas são poucas,
    Quando partimos, os salgueiros se vergam com a discreta chegada da primavera,
    Pois à neve voltamos.
    Penosamente marchamos, com fome e sede estamos
    A nossa mente enche-se de mágoa, quem a nossa dor poderá imaginar?

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